Saudações gurias e gurís, de volta as unhas da semana e agora elas ficarão arquivadas nessa página aqui em cima!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

CÂNCER DE OVÁRIO, uma corrida pela vida.

Saudações!
Voltando ao papo da prevenção, quero colocar para vocês uma das pautas que converso sempre com o meu Ginecologista. Ele me mostrou uma reportagem, fresquinha que fala justamente sobre o câncer de ovário!

Pouco frequente, o câncer de ovário é também o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e com as menores chances de cura. Por causa da rápida evolução da doença, cerca de 75% dos casos são descobertos já em estágio avançado.
Jesus Paula Carvalho 
Para Jesus Paula Carvalho, membro da SOGESP e coordenador do Serviço de Ginecologia Oncológica  do Instituto  do Câncer  do Estado de São Paulo (ICESP), o primeiro passo para reverter esse quadro é identificar a predisposição através de antecedentes familiares de câncer e, em casos de confirmação de diagnóstico, encaminhar com urgência a centros de referência e especialistas.

Qual é a incidência do câncer de ovário?
A estimativa de incidência do câncer de ovário no Brasil pe de 6.190 novos casos em 2012, o que corresponde aproximadamente a seis casos para cada 100 mil mulheres/ano.

O que causa e como se desenvolve o câncer de ovário?
O câncer de ovário é um grupo de doenças com etiopatogenias diferentes. O mais frequente  e também o mais grave é o carcinoma, que corresponde a aproximadamente 80% dos casos. Durante muito tempo procurou-se, sem sucesso, encontrar a lesão inicial  do câncer de ovário, ou seja, a doença pré-invasiva ou carcinoma in situ. Essa já é bem conhecida em outros órgãos, como colo do útero, vagina, vulva e endométrio, porém não no ovário. Nos últimos anos, entretanto, grande quantidade de estudos identificaram a lesão intraepitelial do carcinoma seroso. A grande surpresa dos estudos pé que essa lesão encontra-se na parte terminal das fímbrias tubáricas. Dessa forma, as evidências mostram que o carcinoma seroso até recentemente considerado o principal maligno do ovário é na verdade uma doença secundária, suja origem está nas tubas uterinas.
Anatomia útero e ovários. Fonte imagem

Existe uma maneira de prevenção primária? E secundária?

A forma mais efetiva de prevenção primária é a remoção das tubas uterinas nas pacientes de alto risco. A inibição da ovulação com uso de anovulatórios orais por períodos superior a cinco anos também tem impacto na redução da incidência de câncer de ovário.


Ultrassom endovaginal deve ser considerado como exame de rotina para a prevenção do câncer de ovário?
Considero que a ultrassonografia endovaginal, incorporada ao exame ginecológico  incial, aumenta em muito a precisão do diagnóstico ginecológico, porém não acredito que tenha impacto na prevenção do câncer de ovário ou na redução da mortalidade pela doença. Diferentes estudos já demonstram isto. (...)


Qual a característica das mulheres que podem desenvolver este câncer?
O principal grupo de risco para o câncer de ovário pe constituído pelas mulheres portadoras das mutações dos genes BRCA1 e BRCA2 cuja incidência na população é baixa. Esta mutações conferem um risco de até 50% de desenvolverem o câncer de ovário ao longo da vida.  A pesquisa destas mutações, ainda não está incorporada na prática do exame, mas o ginecologista deve estar atento para a história familiar de câncer de ovário e de mama. Também deve ser observada a história de mortes na família sem causa definida porem com ascite. Quando as evidências forem muito fortes de histórico familiar da doença a pequisa das mutações deve ser considerada. Assim como a salpingectomia profilática em mulheres no menacme ou então a salpingo-ooferectomia nas mulheres pós-menopausa.

Existe algo de novo em relação a imunologia e genética?
Pacientes com história familiar de câncer de ovário e mama devem  receber aconselhamento genético e eventualmente pesquisa de mutações. O que existe de novo é o conhecimento que é uma doença metastática mesmo quando é aparentemente inicial. Isto abre caminho para redirecionar  o rastreamento e diagnóstico precoce para as tubas uterinas. Talvez com pesquisas moleculares de material obtido das tubas, poderemos chegar ao diagnóstico precoce.

O tratamento deve ser feito pelo ginecologista ou pelo oncologista?
O tratamento é necessariamente multidisciplinar. A cirurgia deve obedecer princípios oncológicos sob o risco de requerer nova intervenção. O estadiamento completo é de suma importância principalmente nos casos inciais em que define a necessidade ou não de quimioterpia. A doença tem evolução rápida e mesmo nos estádios mais iniciais (estádio la) a mortalidade supera os 15%, enquanto nos casos avançados (estádios III E IV) chega a 70% em cinco anos. É mais prudente que pacientes com câncer de ovários sejam tratadas cem centros de referência e por especialistas no assunto.

Por onde deve começar o tratamento ?
O primeiro passo é o diagnóstico que pode ser obtido no exame do espécime cirúrgico nos caos operáveis ou através de biopsias guiadas nos casos inoperáveis. Quando houver possibilidade de cirurgia citorredutora ótima, a sequência ideal é a cirurgia seguida de quimioterapia. Nas pacientes sem perspectiva de citorredução ótima, a quimioterpia  neoadjuvante seguida da cirurgia é a mais recomendada. A radioterapia tem indicações muito restritas e pontuais.

Agora vejam nesse quadro a incidência de câncer no Brasil em 2012. Independentemente se tem histórico familiar, você MULHER DEVE pedir exames, como disse anteriormente: NÃO EXISTE SIMPATIA QUE FAÇA VOCÊ SONHAR QUE ESTÁ COM CÂNCER!!!


Fonte: Revista SOGESP  - Janeiro/Fevereiro de 2012, ed 98, pg 10 - 11
Beijos e abraços!

4 comentários:

  1. Informações muito úteis! Valeu pelo alerta! Abraço

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  2. Nossa menina muito boa a reportagem e muito importante essas informações!!!
    beijos

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  3. Adorei o post e adorei mais ainda o da dominatrix! Eu tb era liiiinda e me achava o bagulho... Hoje tô pior por nao me dar valor... Afeeee Vamos nessa! Um bjoooo

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  4. Olá, Ex Não Vaidosa!
    Já tinha lido esse texto hoje de manhã, só não consegui comentar. Voltei com mais calma agora.
    Essa questão da prevenção é muito importante. É preciso fazer exames periódicos e acho muito legal esses artigos que você coloca aqui no seu blogue, porque nos alertam.
    Não conseguiremos prevenção de tudo, mas o que estiver ao nosso alcance deve ser feito. É o mínimo que podemos fazer pela nossa saúde. Usar o que a medicina já tem de disponível.
    Valeu pelas informações, não sabia a maioria das coisas que você colocou nesse post.
    Um grande abraço!

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